Corrida
para levar robô à Lua tem cinco finalistas
Com
informações da BBC - 06/02/2017
A equipe japonesa Hakuto ("Coelho Branco") vai dividir o
espaço no foguete com a equipe indiana.[Imagem: HAKUTO]
Volta à Lua
A corrida para colocar na Lua uma
espaçonave com financiamento totalmente privado agora tem apenas
cinco equipes na competição.
Os grupos finalistas são aqueles
que cumpriram o prazo para firmar contratos de lançamento de suas naves.
Para continuar com chances de
ganhar o prêmio de US$ 20 milhões do Google Lunar X-PRIZE, no entanto, as equipes
terão de fazer os lançamentos até 31 de dezembro deste ano.
A vencedora será a primeira
equipe que conseguir fazer sua nave robótica pousar na Lua e depois percorrer
pelo menos 500 metros, tudo transmitindo imagens de alta resolução para a
Terra.
Corrida lunar
A equipe internacional Synergy
Moon é formada por pessoas de mais de 15 países e planeja usar um
foguete Neptune 8, fornecido pela empresa aeroespacial California
Interorbital Systems. A nave terá um robô motorizado que tentará percorrer
no mínimo a distância estabelecida pelo X-Prize.
A Team Indus, da
Índia, assinou um contrato de lançamento comercial para embarcar seu robô lunar
em um dos foguetes indianos usados para lançamento de satélites, os PSLV (Polar
Satellite Launch Vehicles, ou veículos de lançamento de satélites polares).
A nave da equipe Indus foi projetada para se alojar dentro do nariz do PSLV,
uma área que normalmente fica vazia, o que barateou o custo do lançamento.
A indiana Team Indus desenvolveu um robô lunar pequeno, para que
ele coubesse no nariz do foguete. [Imagem: TEAM INDUS]
A equipe Hakuto, do
Japão, celebrou um acordo com a Equipe Indus para compartilhar o espaço no
PSLV. Já seu robô lunar é duplo, dois rovers que andarão amarrados um ao outro.
A configuração, acredita a equipe, eventualmente tornará possível explorar
crateras na superfície lunar que se acredita serem cavernas ou
"claraboias" em tubos de lava, onde se propõe construir bases lunares com a ajuda de
robôs-cobra.
A SpaceIL, de
Israel, é uma organização sem fins lucrativos que garantiu vaga em um foguete
Falcon 9 da SpaceX. A sonda lunar será um "saltador", um veículo que
pousará e depois dará um único salto para pousar novamente a uma distância
mínima de 500 metros. O objetivo declarado do grupo é gerar um impacto
educacional e criar um "efeito Apolo" para a próxima geração de
estudantes com interesse na exploração espacial.
A equipe Moon Express, dos
EUA, assinou um contrato de lançamento com a empresa Rocket Lab, da Nova
Zelândia, para usar seu foguete Electron em três ocasiões, entre 2017 e
2020. A equipe também está construindo uma nave saltadora e vê a Lua como o
"oitavo continente" da Terra, com seus recursos à espera de serem
explorados.
A Moon Express acredita que saltitar pela superfície lunar é a
melhor tática de exploração. [Imagem: MOON EXPRESS]
Prêmio de consolação e incentivo
Ao confirmar as cinco equipes
ainda com chances de obter o grande prêmio, os organizadores do X-Prize também
anunciaram que um prêmio de consolação de US$ 1 milhão será dividido entre os
16 grupos que estavam competindo até agora mas não conseguiram ir adiante.
A esperança é que essas equipes
continuem com seu trabalho para desenvolver soluções de baixo custo para a exploração espacial.
A Fundação X-Prize administra uma
série de competições destinadas a incentivar avanços tecnológicos em uma
variedade de campos, incluindo clima, saúde, educação e exploração.
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