Petróleo:
Opep e seus principais parceiros concordaram no último domingo em reduzir 9,7
milhões de barris por dia em maio e junho (Daniel Acker/Bloomberg)
A Opep
antecipa um colapso “histórico” na demanda mundial de petróleo em 2020
devido à paralisia econômica generalizada pela COVID-19, confirmando nesta
quinta-feira (16) “um choque histórico, brutal, extremo e planetário” no
mercado.
Segundo
previsões divulgadas em seu relatório mensal, a Organização dos Países
Exportadores de Petróleo (Opep) espera que o
consumo mundial atinja 92,82 milhões de barris por dia (mbd) este ano, uma
queda “sem precedentes” de cerca de 6,85 mbd em comparação com 2019.
A
Agência Internacional de Energia (AIE), com sede em Paris, já havia indicado na
quarta-feira que previa uma queda “histórica” na demanda de petróleo, evocando
um consumo mundial de 90,6 mbd ao longo do ano.
Será o
primeiro declínio anual no consumo global de petróleo desde 2009 e a crise
financeira.
“A
pandemia de COVID-19 está afetando a demanda de petróleo de muitos países e
regiões, com um impacto sem precedentes nas necessidades, principalmente em
combustíveis para transporte”, enquanto as frotas das companhias aéreas
permanecem em solo e as medidas a contenção em todo o mundo paralisa o
movimento, observa a Opep.
Nesse
cenário, a demanda global por petróleo deverá cair 12 milhões de barris por dia
no segundo trimestre em relação ao ano passado, antes de uma recuperação
modesta – com um declínio esperado de 6 mbd no terceiro trimestre e em torno de
3,5 mbd nos últimos três meses do ano – prevê a organização.
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